A agonia que sinto agora remete ao medo daquelas noites em que aguardava os monstros que certamente me visitariam. É a agonia daquelas tardes sem lugar de esconder e em que observava a doença lhe comer o corpo. Quanto tempo duraria? Pouco restava de matéria e sabia bem a dor da fome, ao ponto de ignorá-la, e também sabia que o que a mataria era a escassez de sonhos, e restavam poucos, colhidos naquele quintal. A agonia dos despejados, sem pouso e sem sossego em si mesmos. A agonia dos que buscam cavernas e sonhos de anos luz.
terça-feira, 24 de março de 2009
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