quarta-feira, 20 de maio de 2009

Transito entre os lugares e os modos de escrever e me pergunto se são os estiles ou o roçar dos dedos o que deixa marcas. Me queimo e, no calor das mãos, tudo começa. E por tanto apreciar a morfologia das coisas elas acabam por ter sentido e um como fazer. Sempre soube que fumar era burrice tão grande quanto se apaixonar, mas mesmo tendo deixado os templos, ainda restavam os ritos, as minúcias de um eu esmagado pelo tudo, que conhece o próprio peso e flutua, por ser nada. O medo do fogo é porque sempre fui água parada, lagoa em que os que amei se afogaram, ainda no raso. E a doçura de neblina com espreguiçar do sol. Mas o agora era a seca, um evaporar para, na última gota, ser mar.

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