sexta-feira, 24 de abril de 2009

O prazer que era lavar, secar e encerar a garagem e a varanda daquela casa que embora fosse pequena me parecia enorme e que guardava ninhos e minha vontade de amar alguém. Eu, que tanto havia amado. Restava daquilo, em forma de coração, uma bexiga vazia. Como os espaços, que ainda tenho e onde coloco tudo. Tenho cabelos de ser como o jogador de basquete do desenho animado. O desejei ver, em companhia do padrinho, saber se aqueles cabelos eram para guardar. Na eminência de raspá-los, mais uma vez, esse sentir cheio de vírgulas e nenhum sentido. Sabia que era um deles mesmo quando desejou ser outro, o silêncio que fui por não ter palavra de dizer.

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