sábado, 25 de abril de 2009

O nome dele

Vasculho as pastas que há muito deveria ter organizado. Porque o que mais pode fazer o olvido? E como se poderia esquecer de fazer o que foi esquecido? Busco o reconhecimento, o resgate de mim tentando antipatizar com Caetano Veloso. E o problema de errar é que sei escrever. Conheço as regras e acredito que se submeter é o desejo de seguir. Porque o problema das coisas é que elas trazem junto pessoas, onde o mínimo é tudo, esses canteiros onde tudo brotava e que agora é guardado pelos cactos. Porque às vezes só nos resta buscar explicações por personagens de seriados, um possível. Como o programa pirateado recomendando o uso de crases e um devido uso de se, esse acaso que nos acontece. E a diferença é que agora já não poderia rezar pela minha morte. Como poderiam lhe dar a única coisa realmente dada pela própria vida? Organizo as pastas que tornaram possível suster o impulso de chegar lá, na época em que rezava rosários pedindo o encontro e o silêncio, o silêncio. E por isso ligava o rádio e recebia o gosto que era lavar e passar o vestir das coisas. Calava as inquietações e os ouvia. E que maior proximidade e poder tem esse Deus que me leva em si? Não sei. Eu o chamo Música.

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